quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Contos Goreanos - Cap XIV - As Panteras


Os barcos pesqueiros se afastavam um pouco da margem. de onde estavam os homens podiam ver o movimento da praia. Malakir seguia para a clareira levemente encoberto pelas arvores. Acendia a tocha que dava o sinal de sua presença, enquanto dois dos homens desciam e permaneciam dentro das geladas águas do rio. As bestas empunhadas garantiam a visão certeira das pernas de Malakir, caso o mercador ousasse pensar em fugir. Draco mantinha-se ainda no barco. Os olhos verdes focados no movimento da praia. Malakir andava em circulos pelo lugar. Estava nervoso e tentava acalmar o respirar. sabia que estava sendo observado. Enfiava um dos doces na boca, uma mania terraquea que ainda possuia. O sabor adocicado acabava por faze-lo acalmar. Respirava fundo por duas vezes antes de voltar a caminhar em circulos. Nada.. o tempo estava passando e nada.. imaginava que os malditos barbaros iriam corta-lo em dois pois não acreditariam que ele os levara ao lugar certo.. Locke aproximava-se de Draco

- Ele está enrolando.. está nos enganando para tentar fugir. – Dizia Locke em um tom baixo.

Draco mantinha os olhos verdes na direção de onde o homem tinha ido.. da chama que iluminava o lugar.. honir aproximava-se, colocando os pés na lateral do barco.

- Não.. ele sabe que não teria pra onde correr.. ele está esperando tanto quanto nos.. – Honir respondia.

Draco ouvia os dois.. e sabia que Honir parecia estar mais certo naquele momento.. respirava fundo sacando o martelo. os olhos predadores focados nas arvores. Na taberna o movimento cessava.. apenas os murmurios dos clietnes no andar de baixo eram escutados. Nada semelhante a animação de mais cedo.


Ela espreitava por entre as folhagens, via a tocha acessa que era o sinal, os olhos corriam a volta se certificando que ele estava sozinho. Tudo parecia calmo, as luas brilhavam magnificas no ceu de gor. O ruido que se ouvia era o proprio respirar da pantera e dos som que a mata produzia. Ela avançava, os pes tocavam suaves a mata, era como um animal que se aproximava, silenciosa e agil, a mão ia a coxa e sentia a adaga. O arco as costas e a lança na mão. Caminhava em direção ao homem. Parava a uma certa distancia, a lua refletia o longo cabelo dourado dela. Os de um azul profundo espreitavam o sugeito

- Tal homem

Sua postura era soberba, ela o olhava de cima a baixo, ja o tinha usado algumas vezes, mas o desprezava, era um homem e para ela um homem fraco. Ela avançava mais alguns passos , a lança na mão .

- o que quer? Ja não ficou claro que os negocios com você são limitados? Porque me chamou ate aqui?

Aleera não sorria. Esperava que ele lhe desse boas explicações, não gostava de surpresas e achava akilo tudo muito estranho.

Os olhos dos homens permaneciam no movimento na praia. malakir continuava andando de um lado a outro. Imaginava na desculpa que iria dar.. os olhos se focavam na mulher que surgia em meio às folhagens. Os olhos negros do homem da terra arregalavam-se de susto. Como elas conseguiam fazer aquilo e se mover sem fazer ruido algum. Virava-se assustado na direção que a mulher vinha

- Tal.. tal pantera.. - Falava.. ele nunca sabia como se referir a ela e na realidade morria de medo do elo se romper e ser pego como escravo ou mesmo morto na mão de uma mulher.

Da água um dos homens fazia o sinal erguendo a mão lentamente. Era a indicação de que ela havia chegado. O barco seguia até a outra margem em silencio das águas. o Outro tomava a direção oposta. Os homens desciam lentamente para a areia. Sob o comando de Draco e Holnir faziam o menor barulho possivel, protegendo-se entre as folhagens e as sombras. Malakir voltava-se para ela

- Sim eu sei que nossos negocios são limitados, mas eu estou de partida.. estou partindo para Ko-ro-ba amanhã e pensei em lhe trazer um presente ja que nossa ultima troca foi proveitosa...

ele sorria, o sorriso canastrão de sempre, o mesmo que ele usava na terra para seduzir garotinhas bobas

- Eu devo ficar um tempo sem voltar a Laura, vou para o sul e a viagem é longa.. então.. não podia deixar de te trazer algo.. ou quem sabe.. aproveitar a noite linda com vc..

enfiava a mão no bolso retirando o tablete de chocolate e exibindo para ela

- Eu trouxe alguns desses para vc...


Aleera olhava o homem, a expressão era impassivel, ele ja havia estado ali em negocios com elas na noite anterior, tudo soava muito estranho, ela sentia o ar, como tentando achar algum cheiro estranho, corria os olhos novamente e caiam nele novamente, frios e duros ela o fitava. A cabeça erguida de forma altiva.

- Presente? - o olhava com desdem - não quero nada que venha de voces, eu os desprezo. E sugiro que aceite o meu presente, va embora com sua vida, antes que eu perca minha paciencia.

Falava e ameaçava dar as costas a ele, mas logo ela percebia a movimentação da mão dele. Empunhava a lança o ameaçando , então ele esticava o doce. Ela exitava ao ver o chocolate na mão dele. A boca se enchia de agua, era algo que ela gostava, que a seduziam. Passava a lingua sobre os labios e ordenava

- Jogue para ca...Rapido...

As mãos apertavam a lança ansiosa, deixava seus instintos de lado e os olhos seguiam avidos o doce na mão dele. Ele falava de partir de Laura, para ela era indiferente, tinham outros contatos, ele não era o unico a fazer negocios com elas, sua atenção so se focava para o doce, queria pega-lo e sair logo dali, algo a dizia para não se demorar, era como um pressentimento, algo em seus instintos que a avisavam. Porem o desejo pela iguaria era maior, algo dificil de se obter, ainda mais sendo pantera o doce, queria pega-lo e sair logo dali, algo a dizia para não se demorar, era como um pressentimento, algo em seus instintos que a avisavam.

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