segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Contos Goreanos - Cap XII - Malakir, o mercador


Draco mantinha o homem preso à parede. Os olhos verdes focados nos marejados do homem sem ar. O rosto de Malakir se avermelhava mais a cada segundo e o homem debatia-se. Tentava em vão retirar o braço do nortenho de seu pescoço. Balbuciava de forma quase incompreensivel
- Não sei do que está falando homem!!! Solte-me!! - Malakir gritava irritado.
Draco crispava o rosto, escutava a voz de kalandra que lhe alertava sobre a proximidade dos outros homens e sentia o corpo de Locke aproximar-se. Olhava para tras por alguns segundos sem soltar o mercador
- Escute.. eu não tenho muita paciencia.. meu irmão saiu com vc ontem da Taberna.. foram em busca de fazer negócios mais baratos.. vc o levou de lá. Há testemunhas disto. Se não quiser que eu solicite ao Jarl da Vila que vc seja investigado... para responder sob tortura.. é melhor que abra esta suas boca filhote de Sleen e me conte o que aconteceu e onde ele está...
Dizia entre os dentes. Os olhos de Malakir ficavam sobre ele enquanto o homem tentava se soltar em vão. A multidão afastava-se um pouco mais dando passagem aos homens que se aproximavam. Locke levava a mão ao machado que tinha preso na cintura. Os olhos seguindo um a um o rosto dos homens que se aproximavam com mãos nas espadas. Tinha vontade de arrancar os olhos do maldito mercador.. O homem permanecia em silencio por mais algum tempo.,. a certeza no olhar com a proximidade dos comparças caia por terra com o que ele dizia.
- Começo a me lembrar do seu irmão.. - Respondia vencido pela certeza de que poderia prejudicar-se.
Draco então soltava o pescoço do homem deixando-o cair ao chão.. A mão ia imediata ao machado preso as costas e o retirava. A lamina brilhando ao raio do sol. Virava-se de rosto crispado para a multidão, como se informasse a cada um ali que não ousassem dar mais um passo na direção do nortenho. Malakir tentava esgueirar-se pela parede, a mão de Draco ia novamente contra o pescoço do homem puxando-o de volta
- Eu estava apenas me ajeitando, calma.. sim.. eu vi seu irmão.. se é o rapaz da taberna na madrugada de ontem.. ele queria Kalana.. quase de graça.. e resolveu que fazer negocio com as Panteras era a melhor solução..

Kaladra via os homens se aproximarem , eles olhavam fixos seu jarl com o homem preso junto a parede pelos braços de Draco. Estudavam Locke. O nortenho deixava a mão cair sobre o machado e não recuava, os encarava de volta. A multidão a volta ai abrindo espaço. A tensão era evidente no ar. Kalandra podia sentir o coração dela bater mais forte, olhava para os lados, para o seu mestre que segurava e indagava o homem, caim sobre locke e voltavam a multidão. Assustados, os olhos da menina mostravam os receio dela. Eram os tres somente ali. Draco exigia respostas, quase sufocava o homem sob seu braço.
Ouvia o alerta da menina. Soltava Malakir e a mão ia rapida ao machado. O empunhava e com o olhar avisava a multidão. Kalandra recuava mais alguns passos, Locke se mantinha em posição , distribuia um olhar feroz as pessoas. O olhar de um nortenho, que não exitaria se fosse preciso, que achava no calor da batalha o toque dos deuses. Ela percebia, apesar da tensão um meio sorriso nos labios de locke, como um desafio. Kalandra estremecia, a postura do seu amo com o machado na mão , reforçava a determinação de ambos, não sairiam dali sem as informações que precisavam e se fosse o caso o machado rasgaria o ar , implacavel como as mãos que os empunhavam. Ela estava nua, ainda não tivera a ordem de se vestir, era mais escrava do que nunca com o corpo exposto. A segurança dela, ela bem o sabia , dependia dos jarls, dependia de seu mestre. Ela confiava na força deles, mas ainda sim temia, eram muitos. A mão de Draco segurava o homem que procurava a fuga, por fim a resposta , adimitia que tinha estado com Tobyr e informava das intenções de negocio do nortenho com as meninas panteras. Aquilo não era bom, as florestas eram dominio das panteras, ninguem conhecia suas trilhas como elas, ardilosas e pouco confiaveis, com certeza, kalandra imaginava, se o que o homem dizia era verdade, provavelmente Tobyr estava com um colar no pescoço pronto para ser vendido como Thrall ou estava , na pior das hipoteses.....morto. *
- Panteras ? Jarl, isso não é bom. - kalandra sussurrava para Draco. - achar o acampamento delas seria quase impossivel , o ideal Kalandra sabia, era usar o contato delas. pensava em sugerir mais se calava, a movimentação de locke chamava sua atenção e ela se voltava para ele assustada.

Draco escutava o que o homem dizia, e a cada palavra que saia da maldita boca do mercador, ele tinha maior certeza de que fora uma armação. O homem levava tobyr para uma armadilha e o tolo caia como um pato. Respirava fundo. Locke animava-se com a ideia de derrubar cada um dos homens que surgiam em defesa de Malakir. draco rosnava segurando o homem pelo colarinho... as mãos cerravam no cabo do machado, olhava em volta mais uma vez, como um animal que avisa que a área é sua e não deve ser transpassada. Escutava a voz baixa de Kalandra falar o que ele ja sabia. Não sairia feito tonto atras das panteras com mais um homem e uma escrava. era estupidez e suicidio
- Otimo.. ja sabemos com quem fez negocio, agora vai combinar com elas, outro negocio.. Avisava.. o homem ria.. balançava a cabeça incredulo. Não ia negociar novamente com as panteras, nem ele confiava tanto assim em seu poder com elas
- Está louco.. ja fiz o tratado da semana.. para encontra-las novamente só na sema..
A lamina do machado era encostada na garganta do homem
- Não é um pedido.. - O grupo que estava com ele empunhava as espadas, a multidão se afastava mais..
Locke sorria satisfeito, erguendo os machados nas duas mãos. O grito nortenho ecoava dos labios do ruivo. Como uma fera que ruge para manteer os inimigos afastados. Draco Erguia a lamina do machado, o fio afiado cortando levemente a garganta do homem que crispava o rosto
- Isso é insano!! Eu não tenho nada para oferecer a elas, o que acha que vai me acontecer!? - draco aproximava-se dele - Nada pior do que eu vou fazer com vc, caso ele não esteja vivo e bem.. - Avisava entre os dentes..
Dois dos homens avançavam na direção do grupo com Malakir. Locke irrompia contra eles. A lamina do machado crispando contra a espada. ele se defendia com a curva da lamina, girava o corpo saindo-se de um, Defendendo-se do outro. Empurrava com o pé o terceiro
- POR ODIN!!!! PELO NORTE!!!! - Locke gritava enquanto continuava a batalha, Draco respirava fundo. Era suicidio iniciar uma briga ali. Tomava o braço de Malakir, virando para tras, o fazia de escudo
- PAREM!!! - Avisava com voz altiva. O machado contra o pescoço do mercador - ESTE HOMEM.. ESTE HOMEM DA TERRA.. ENTREGOU UM NORTENHO EM MÃOS DE PANTERAS.. FEZ DE UM GUERREIRO HONRADO UM ESCRAVO DE SLUTS!!! PROVAVELMENTE ENTREGOU A ALMA DO GUERREIRO PARA SER LEVADA À ODIN. - Falava para a multidão, não para o grupo com o homem - EU, QUANTO HOMEM LIVRE, QUANTO GOREANO, QUERO A MINHA HONRA LAVADA..EXIJO DO JARL DA VILA O DIREITO SOBRE A VIDA DESTE MALDITO.. QUANTOS HOMENS NÃO DESAPARECERAM DESTA CIDADE PELAS MÃOS DESTE DESGRAÇADO?
Draco gritava.. as veias do pescoço saltadas. O homem debatia-se. tentava soltar-se e a posição da lamina do machado só o fazia machucar-se ainda mais
- Pare com isso!! Eu faço! Eu falo com as malditas Panteras novamente, eu marco com elas, eu falo! Agora pare com isso!!
Covarde. Era isso que fazia com que Draco tivesse nojo daqueles malditos homens da terra. Eram todos uns grandes covardes. Jogava-o de joelhos no chão.

Draco fitava o homem de forma dura, os olhos injetados de raiva , a voz firme e exigente não deixava duvidas, exigia que ele marcasse novo negocio com as panteras. O homem desconversava, o machado do nortenho achavam caminho na garganta de Malakir avisando o que aconteceria se ele não fosse atendido. O grito de Locke prendia a atenção de Kalandra , ele bradava o machado nas mãos , o olhar era de furia de quem queria sangue. Kalandra gelava, o que temia parecia se realizar. Os homens avançavam para cima de Locke e o nortenho não recuava. Ao contrario, riscava o ar com o machado, com agilidade ia desviando dos ataques, gritava em louvor a Odim, em louvor ao norte. Ela se agaixava, se escondia atras de alguns cestos. Não era um bom lugar para uma escrava estar naquela hora. Os olhos procuravam o seu amo. A respiração era acelerada e o terror tomava conta dos olhos da menina. O coração batia violentamente no peito. Seu amo tomava o homem , o empurrava e o colocava a sua frente o machado marcando contra a garganta de Malakir.
Draco ordenava que parassem...gritava expondo os fatos e exigia seu direito sobre a vida do homem, exigia a sua honra lavada. A voz dele ecoava por cima dos som das vozes dos homems ali, dos gritos e do som da luta. Kalandra o olhava , respiração presa, voltava os olhos para a multidão que ia do confuso para a ciencia dos fatos e a indignação. Malakir se debatia, o medo estampado no rosto ele cedia, concordava e draco o empurrava aos seus pes, de joelhos ele caia no chão. Um burburinho corria a multidão, Locke recuava ao ouvir Draco, machado nas mãos olhos fixos nos oponentes não se desconcetrava, com a respiração ofegante ele recuava alguns passos devagar se colocando ao lado de Draco. Seus oponentes paravam , fitavam ambos , olhavam Malakir e corriam os olhos na multidão, não pareciam se agradar. As armas ainda continuavam nas mãos, por fim as embainhavam, os olhos presos em Draco. Kalandra tremia, mal dava conta de sair do lugar.
Seu mestre parecia ter controlado a situação , ela soltava o ar aliviada, se arrastava para perto dele, se colocava ajoelhada atras dele como que em busca de proteção. Ela era so uma escrava, totalmente dependente da defesa dos homens, nem mesmo uma arma poderia empunhar, não que não soubesse, apenas não lhe era permitido, Seria facil para qualquer mão a puxar no meio de uma confusão e sumir com ela dali. Os olhos caiam sobre o homem ao chaõ, sentia tambem desprezo por ele. A diferença entre ele e um guerreiro como Draco ou Locke se faziam gritantes.

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