quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Contos Goreanos - Cap I - O Resgate


Lothey seguira pela floresta. O cheiro de sangue da menina apenas assanhava ainda mais o institnto da fera. O caminhar largo durante algumas horas afastava ainda mais a fera das imediações da vila. O urro do animal se fazia cada vez mais longe de ser ouvido até sumir completamente. Lothey seguia em direção às montanhas levando o corpo inerte da menina nos ombros, até a chegada em uma clareira. Olhava ao redor.
A noite ja havia caido. O corpo da menina era colocado no chão. Humanos, seres tão fracos, não gostava de perder tempo com eles. Os olhos vermelhos corriam ao redor da clareira, observava a menina acordar. Seria bom que ela estivesse acordada e falante para que ele conseguisse um bom trade com ela. A Nau de Draco estava aportada ao Norte da Vila. Haviam navegado por algumas horas e a comando do nortenho aportavam atras das grandes planicies. Ele queria traçar seu novo plano antes de seguir com sua tripulação. Levara consigo 4 homens e a escrava. Ali agora estava seu povo. Sua vila se resumia a 5 pessoas. O peito do goreano inflava de dor pelos ultimos acontecimentos em sua partida, mas não deixaria Kalandra para tras.
Havia deixado um dos homens com a escrava dentro do barco, e descia com os outros dois para caçar Tarsk. Seria bom ter alguma carne em viagem. Não tomara para si nada do que fora saqueado, precisava então de provisões. Embrenhavam-se pela mata em silencio de caçadores. Os olhos atentos aos movimentos em meio as folhas. Talvez econtrassem coelhos selvagens ou algum outro animal que ja contribuisse para a caça. Os pés estancavam quando o urro do Kur era escutado ao longe. Draco abria os braços para que os homens parassem e separassem. Ao afastar a folhagem com o cabo da besta o breu da noite deixava ver a fera e o corpo de uma jovem deitado no chão.

Kalandra mal tivera tempo de se despedir dele ou mesmo dizer algo, apenas a noticia na janela do jarl da vila o informando que a venda não tinha sido efetivada. Kalandra perdera o prumo e ele logo se afastava de sua janela. Ela não sabia dizer por quanto tempo ficou ali parada, olhos fixos no vazia da vidraça.Porque? ...ela se perguntava, não entendia por que não fora vendida. Num despero sai correndo pelas ruas da vila em direção ao porto, mas a unica coisa que conseguia ver eram as velas içadas da nau a sumir no horizonte.
O coraçao parecia parar de bater e o desespero tomava conta dela enquanto as lagrimas caiam pelo rosto. Ele voltaria a noite para busca-la , era o que ele tinha dito. O dia passara arrastado, as horas pareciam se recusar a correr. Não vira a mistress e nem tão pouco kalandra fizera questão de encontra-la. Tentou manter a rotina , não queria ninguem desconfiado, não queria mais nada dando errado. Ficaria pronta a espera dele. E assim fez logo que conseguiu uma folga. Separou alguns camisk e kirtles, uma pequena trouxa continha os poucos pertences, a tiara e a pulseira, presentes dados a ela por ele, ela fez questão de vestir. Ia esperar a noite cair , mas ate la queria levar a lembrança da vila que ela chamava de casa. Percorreu cada rua, cada casa, guardou na lembrança o rosto de cada um ali.
Pegou o caminho do lago e logo depois a trilha na floresta. Eram lugares que ela gostava e por vezes se refugiava ali. Olhando para o ceu percebia que o sol ja estava pronto a se deitar no horizonte, porem os passos da volta lhe pregavam uma surpresa. Ela pegava a trilha errada, não reconhecia o caminho. Parava e refazia o percurso,quanto mais tentava, mais parecia andar em circulos e se perder. Então o farfalhar nas folhagem da floresta e o urro medonho da kur que saltava a sua frente, foi tudo muito rapido. O grito saia da garganta da menina enquanto a fera a derrubava. Kalandra ainda tentava rastejar para longe, se debatia . As garras rasgavam a pele da menina fazendo o sangue verter e por fim.....so a escuridao.

O Kur permanecia ali na clareira. Os olhos vermelhos corriam mais uma vez o lugar enquanto a menina adormecia. sacodia a garota uma vez.. duas..Aproximava o rosto para cheira-la, se estivesse morta não lhe seria de grande valia.
- Acorde humana.. - dizia em sua lingua bestial.
Voltava a sacodir a menina. Afastava-se por alguns metros para a margem do riacho ali perto. Os passos oscilantes o faziam parar. E o cheiro. O cheiro que a corrente de vento lhe trazia. Cheiro humano e não era da menina. Lothey urrava em alto e bom som, voltando-se na direção de onde vinham passos e cheiro de homem. Os olhos do nortenho arregalavam-se quando habituavam-se ao breu a da noite e reconheciam a silhueta deitada e inerte. Era Kalandra. As mãos retiravam o machado das costas, e se preparavam. Sinalizava para os outros dois que tomavam posição de igual forma. Não haviam objetos para uma barganha e com certeza o Kur ja sabia que eles estavam ali. A fera urrava mais uma vez, falando com aquela lingua que eles não entendiam. Draco saia enfim das folhagens parando na clareira diante da fera. As mãos crispavam-se contra o cabo do machado
- Solte-a Kur.. - Era a voz do Nortenho que irrompia a floresta.
A fera urrava exibindo as grandes presas. Não entendia o que aquele ser tentava lhe dizer. urrava em resposta ao que ele balbuciava. As garras expostas havia um machado na mão do homem. Mas o vento lhe trazia mais cheiro e não era só aquele. Os olhos correram ao redor. antes de voltar ao nortenho à sua frente, tomava o aparelhinho que lhe permitia falar em goreano.
- O que quer homem... Não estou em suas terras e seguirei caminho logo mais... abra espaço e nenhum sangue a mais será derramado..
Draco se mantinha impassivel diante da fera, que agora falava sua lingua.
- Parta em segurança em seu caminho.. mas deixe-a.
A besta ria exibindo as presas salientes.
- Tem um bosk no seu cinto para oferecer pela vida dela?

Kalandra acordava com sacolejos e um halito quente proximo ao seu rosto, abria os olhos gemendo e deparava com fera ali, a lembrança de tudo vinha rapido a sua mente e o corpo enrigecia de terror, mal respirava, queria gritar mais o grito travava na garganta o via se afastar para perto do loga, ele soltava o grito bestia q fazia o coração da menina gelar, olhava o proprio corpo , havai sangue, a cabeça doia, ela aproveitava que ele estava distraido com algo e tentava se arrastar para algumas folhagens, o rosto se contorcia a cada movimento, por fima a menina ouve uma voz, vindo da direçao que a kur voltava sua atenção. Era seu mestre...não podia acreditar.
- Jarlllllllllllllll - deixava o receio de lado e chamava por ele. - ..jarlllllllllll... - tentava se colocar em , queria correr para ele..

O Kur observava o homem diante dele. E o barulho das folhagens denunciava que sua vitima havia acordado. Ele sabia que ela estava sangrando e isso não a levaria muito longe.. seria até divertido caça-la de novo, mas os olhos voltavam-se para o homem que seria uma ameaça. A mulher gritava algo que ele não entendia, mas pela forma desesperada se referia ao homem. Era algo dela ou pelo menos o conhecia. Ele urrava novamente numa especie de grito de silencio para a femea e a mão era desferida contra a mulher atirando-a de volta ao chão. Draco mantinha os olhos na fera. O rosto crispava quando via o golpe ser dado contra a menina mas não podia desconcentrar-se. Não podia perder o foco do confronto.
- Não.. não trago animais amarrados a mim.. tenho tarsk em meu barco.... e é tudo que posso te dar para que a deixe e siga seu caminho.. Mas é a unica coisa que vai levar daqui kur.. - respondia com o maxilar travado. Sabia que os dois homens estavam na mata apenas esperando seu comando.
O Kur ria. Era ousadia demais daquele homem achar que poderia derruba-lo e ainda coloca-lo para correr. Urrava e as presas eram expostas quando ele saltava na direção de Draco. As garras rasgavam o braço do guerreiro que se esquivava. A expressão de dor era consumida pela de fúria quando o machado era empunhado e com o grito de guerra desferido na direção da fera. Era o sinal.
Os outros dois homens saltavam da mata empunhando suas armas O machado de draco rasgava o peito da besta, tirando sangue como lhe fora tirado. Gwyd saltava sobre o animal. A espada cravada no ombro da fera. Que urrava. A grande mão do kur pegava o homem pela cabeça atirando-o contra a arvore. Urrava novamente enquanto Tobyr era o proximo no ataque, mirava a perna do animal com a besta e em sua distancia acertava.
O kur virava-se para a direção das flechas.. e era Draco quem saltava sobre ele, envolvendo com os braços o pescoço do Kur. Corpos jogados, O sangue que esguichava entre a mata. O urro da besta misturado ao grito de guerra dos nortenhos. O ruido oco dos corpos chocando-se contra arvores, terra. O luzir das armas contra a luz das luas na clareira. Os corpos cansados da batalha, enfim o Corpo da fera tombava para frente, revelando atras de si, a figura de draco a olhar o machado cravado nas costas do animal que ainda respirava e o nortenho ofegava.
Estava banhado em sangue de aliados, da criatura e em seu proprio. olhava ao redor em busca dos seus homens. Tobyr estava recostado em uma das árvores, mas sinalizava que estava bem. Gwyd estava inerte. A parte superior do corpo efiada dentro do rio, as pernas soltas na margem.. imóvel. Ele seguia na direção do irmão inerte, confirmando o que seu coração ja sabia. Estava morto.
- Que Odin o guie em sua nova jornada, irmão...- Draco dizia com voz entrecortada, deixando o corpo enfim prostar de joelhos ao lado do corpo do guerreiro morto.

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