segunda-feira, 5 de setembro de 2011



O plano havia dado certo. Ao menos eu pensei que sim. Confesso e aqui ouso admitir que subestimei meus pretensos “aliados” Aprendi aquele dia que não se faz negócio 100% confiável com mercenários. Deixei o acampamento livre para que eles realizasse a minha vontade e assim fora feito, mas fizeram ainda mais que isso. O combinado era que rendessem os poucos homens que ficaram, levassem Aleera e eu a buscaria. Assim retiraria de uma vez por todas a imagem de guerreiro honrado que Draco tem para ela. Mas nem tudo saiu como eu imaginei. Ao voltar para o acampamento as tendas ardiam em fogo, meus homens estavam mortos e minhas escravas haviam sido todas levadas. Existem duas leis básicas entre os meus. Não se passa a perna no Pasha. E nunca. Em hipótese alguma, se rouba o Pasha.

Vasculhamos entre os corpos em busca de alguns homens que pudessem estar vivos. A ira ia aumentando entre meus rarii conforme víamos apenas morte e humilhação entre as areias. Ate que um de meus soldados encontrou um verme rastejante, ferido. Fora deixado para trás comprovando a falta de honra que aqueles homens possuíam. Mandei que o trouxessem e utilizei a máxima que diz que na tortura toda carne se trai. Perguntei sobre onde os companheiros dele estavam e o maldito negou. Negou-se a falar durante toda a surra que lhe apliquei. Então, eu tive uma nova idéia. E meu sorriso de satisfação garantia que eu estava começando a me vingar. Mandei que o colocassem de bruços em uma pedra. Com a bunda apontando para o grande Lar Torvis. Que me trouxessem um dos pinos de fixação das barracas e retirassem a roupa do homem. Ele se debatia mas não conseguiria escapar das cordas que o prendiam. Essa é a vantagem dos nós goreanos. Quanto mais se tenta sair, mais apertados se tornam. Enfiei o pino no cu do maldito e com uma das brasas aquecia a parte que ficara para fora. Fogo e metal tem um efeito incrível sobre a vontade humana. Quando o cheiro de carne queimada se misturava ao das fezes e o maldito podia sentir o pino cauterizando seu intestino ele falou. Pedindo clemência contou para onde ficava o acampamento e para onde iriam. Dei-lhe a morte merecida e partimos em busca das minhas escravas e da minha vingança.

No acampamento Petrus se vangloriava de ter passado a perna no Pasha. De ter roubado dele suas escravas e seu bem mais precioso, a Kajira de cabelos dourados. Distribuiu as escravas entre os homens que as usaram como animais. As Kajiras tão bem cuidadas e tratadas do Pasha Eliijah, entregues a homens que mal sabiam comer sem babar. Mas a diversão para Petrus ficava em Aleera. Ele a levara para a tenda e com mais quatro homens a violentou. Usou da Kajira como se usasse um trapo velho alternando entre fode-la e espanca-la a cada negativa que fizesse em agrada-los. Bebeu do Turian que haviam levado do acampamento do Pasha, a fizeram beber do esperma de cada um dos que a usaram, jogaram de mão em mão e então a acorrentaram. A decisão seria a de vende-la aos Aretais, inimigos do Pasha. Petrus sabia que o Alto Pasha pagaria um bom preço para ter a preferida de seu inimigo em poder e submissa a ele. Foi então que o ruído do trotar dos Kaiila se fez ouvir.

Os homens do Pasha invadiam o acampamento como bestas ferozes sedentas de sangue e vingança. Saltavam sobre as dunas como se os Djins os empurrassem aos céus para que descessem com suas cimitarras rasgando pescoços e peitos. Os gritos dos homens de petrus foram escutados. A ordem do Pasha era de que não os matassem a todos. Queria prisioneiros, e ele queria um em especial. Petrus saia da tenda arrumando-se quando ouvia os sons da batlha, tomou da cimitarra e esperou que o homem montado no Kaiila negro viesse em sua direção. O Pasha equilibrava-se na cela do animal, retirando as cimitarras das costas. Girava nas mãos como se fossem duas hélices e saltava sobre Petrus. O tilintar dos metais se chocando. O sangue que brindava a areia enquanto os homens se enfrentavam. O Pasha estava tomado de uma fúria sem igual. Derrubava os homens como se fossem feitos de papel. Jamais em todo Tahari, via-se um guerreiro lutar daquela forma, exceto quanto os gigantes da terra do gelo estiveram por lá. Enfim Petrus caia. O Pasha arrancava sua língua como uma previa de sua vingança e uma garantia de que nada alem seria dito entre seus homens. Ordenava que o deixassem preso e entrava na tenda para buscar Aleera.

Naquele momento eu vi em seus olhos que sua devoção agora me pertencia. Ainda tinha em mim a fúria do povo de meu pai, a tomei nos braços e a tirei daquele inferno onde estava. Do lado de fora meus homens haviam amarrado Petrus e seus mercenários. Mantinham todos de joelhos olhando para o Lar Torvis. Petrus não merecia uma morte honrada, não morreria pela mão de nenhum de meus guerreiros. Dei a adaga a Aleera e mandei que ela o matasse sob os olhares intrigados dos meus homens. Talvez alguns não concordassem, mas nenhum me contextou. Aleera rasgou a garganta do homem com um grito de ódio e dor. Ela estava vingada pelo que havia sofrido. As minhas mãos possibilitaram a ela esta vingança. Ordenei que retirassem a pele daqueles homens e os prendessem a pinos na areia. Assim fora feito. Ficavam ali presos com as carnes expostas e os olhos voltados para o sol. A minha bandeira fora hasteada próximo ao corpo de Petrus, como um aviso para que outros não tentassem o mesmo. Não durariam mais que poucos Ahns ali com as aves a comer seus olhos, carnes e tripas. Voltamos para o acampamento, descansamos por dois dias, para que meus homens e kajiras se recuperassem antes de seguirmos viagem para Ar, onde ia propor contrato à filha do First Sword, Gaius de Ar.

Ivar Leondegranz. A.k.a. Pasha Eliijah do Oásis de Saphyr