quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Contos Goreanos - Cap XVII - As Panteras Parte IV


Eles eram levados, vendados, amarrados e arrastados pelo caminho. O breu das vendas impedia de saber a direção que seguiam apenas escutavam os passos e os gritos animalescos das mulheres, logo o cheiro de madeira queimada indicava a fogueira do acampamento. As vendas eram tiradas e os homens amarrados aos troncos. Os olhos verdes se adaptavam de novo a claridade do lugar e o foco enfim exibia Tobyr amarrado e nu. Draco era preso no tronco e ainda tentava se debater, conseguia soltar-se das mãos de uma das mulheres mas as cordas nos pes o impediam de correr.. era derrubado e novamente as mulheres sobre ele. O amarravam e a maldita pantera se aproximava. Falava com ele, humilhavam os homens de dentro das jaulas. Draco mantinha o olhar nos olhos da mulher. O rosto sério em nada se dizia ameaçado... O barulho das grades enfureciam os outros homens que berravam palavroes contra as mulheres. Draco se mantinha calado. Os olhos presos nos olhos da maldita pantera.

- Melhor me matar, enquanto respira.. - avisava novamente. sentia a adaga deslizar pelo corpo e nada respondia a mulher. A embarcação de locke enfim chegava ao porto. Ele corria pelo cais na direção da taverna.. Subia ao quarto do First batendo na porta

- menina.. é o Locke.. ande.. abra.. preciso que me entregue um dos sacos de moedas do First.. ele foi capturado pelas panteras.. Ande.. abra..

Kalandra tinha rolado na fur a noite toda, o coração a menina estava apertado, a preocupação com o mestre não a deixara adormecer. Cibelle ao contrario dormia profundamente. Ouvia as pancadas na porta e a voz de Locke a chamando, levantava de um salto e abria a porta

- O que aconteceu...por Odim...onde ele esta, como ele esta - crava os olhos nele em desespero.

Ele pedia o saco de moedas do mestre, não exitava, sabia que Draco confiava nele, e percebia a urgencia na voz... Corria ate as coisas de Draco, a mão revirava tudo ate encontrar o saco de moedas dele. Entregava a Locke

- jarl ...deixe a menina ir...por Odim..não me deixe aqui sem noticias do meu amo.

Cibelle acordava, esfregava os olhos

- o que esta acontecendo? - ouvia Kalandra implorar para ir a algum lugar. - Onde esta o mestre? Onde vc pretende ir kalandra ?

Ela ignorava a menina do sul, os olhos em suplica em locke.

- por favor jarllll....quero meu mestre de volta.

Aleera ria ante a ameaça de Draco. As meninas se divertiam e ela chamava uma delas e pedia para trazer as ervas, as En o queria inteiro e ela tambem. Olhava o ferimento no braço, se aproximava das chamas da fogueira e passava a adaga no fogo, voltava a Draco e dizia

- Nâo chore...vai doer so um pouquinho

a ponta da adaga entrava na ferida e retirava a ponta de lança ali. A outra pantera trazia os panos , agua e ervas. Aleera cuidava dos ferimentos, lavava e aplicava as ervas e dispensava a menina. A noite ja se fazia alta e a maioria das meninas procuravam seu canto para adormecer, ainda podia se ouvir os resmungos de um homem ou outro preso a jaula. Aleera fitava Draco, a lamina brincava no corpo dele, com a ponta cutucava de leve os musculos do abdomen e descia para a virilha. Passava o aço frio no membro dele com os olhos divertidos.

- Dizem que os escravos Eunucos são mais prestativos e doceis.....pelo simples fatos de tirarem dele sua masculinidade. Vc não parece docil.....- corria a lamina contornando o membro dele.- Amanha , depois do ritual, se vc se comportar , fica inteiro, se não...- suspirava - acho que vamos ter q forçar sua docilidade. Agora durma, se conseguir, amanha teremos um longo dia e uma longa noite – sorria e pegava o caminho de sua cabana.

Locke ouvia a porta abrir e entrava apressado. Os olhos arregalados e o corpo suado com a respiração alterada indicava que estivera correndo. Na parte de baixo da taberna os homens de Honir se reuniam. Chamavam mais alguns homens da vila e esperavam pelo retorno dele. recebia um dos sacos de moeda de Draco e achava que aquilo ali poderia bastar. Mas precisava de homens.. de muito mais homens do que tinham disponiveis. Se preparava para sair pelo mesmo caminho quando escutava a voz da menina implorando para ir junto

- E o que vai poder fazer menina? Pedir para servir as malditas Panteras? No que uma bond vai poder ajudar se precisarmos lutar!? Vou tentar barganhar pela vida deles. Elas são muitas.. conhecem a maldita floresta como se fosse um pedaço dela. Melhor que fique e aguarde.. vou traze-lo de volta. Tranque a porta e não abra para mais ninguem..

Voltava a avisar. Descia as escadas, os 2 homens conseguiam reunir mais 8.. nada muito melhor do que os 7 que tinham ido da primeira vez, mas agora pelo menos eram 11. Ele falava do salão da Taberna, contava sobre Malakir e a traição contra os homens de gor, sobre as panteras, o ataque e a captura. Incitava os homens a segui-lo.

Draco permanece em silêncio enquanto Aleera ria dele. Os olhos fixos na mulher loira formentando o ódio que trazia no peito. Tinha vontade de esmagar o cranio da mulher em suas mãos. Ela aproximava com a adaga de lamina em aquecida e a dor da arma em seu ombro era lacinante. Ele crispava o rosto, mas não emitia gemido algum. As veias do pescoço saltadas indicavam o estagio de dor em que ele se encontrava. A ponta da lança retirada trazia o alivio que pouco a pouco aumentava com as ervas que eram passadas. O fazia respirar de melhor maneira.. A ponta da faca suja em seu proprio sangue era deslizada pelo corpo e ele mantinha-se inerte.

- Escravos eunucos é a única coisa que pode servir vcs.. -respondia entre os dentes.. - arremedos de homem, como vcs são.. - respondia entre os dentes, numa altura que ela escutaria bem....

Ela se despedia, ele permanecia ali com os olhos abertos. Não dormia. Alguns dos homens acabavam cedendo ao cansaço e frio da noite, Honir estava amarrado ao seu lado, Tobyr do outro

- Eu sinto muito First..

Draco não virava o rosto para ele. Estava com os olhos fixos na fogueira, tentando convencer a si mesmo de que não estava frio.

- Um irmão jamais abandona o outro.. não sinta pelo que ainda não acabou.. vamos sair daqui.. e vamos arrancar a cabeça de cada maldita slut deste acampamento.. - Dizia entre os dentes.. permanecia a olhar o fogo durante toda a madrugada, até o raiar do dia

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