quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Contos Goreanos - Cap XXV - Os Novos Planos


Draco descia. Encontrava os homens à mesa e logo o taberneiro se aproximava mandando que as bond os servissem. Quanto mais cheia a casa mais consumo e mais dinheiro acrescido na conta. O mead era servido aos homens que olhavam seu lider sentar. Eles silenciavam-se. Observavam a figura austera de Draco e todo e qualquer pensamento para perguntar ou gracejar a respeito das brincadeiras de Tobyr eram silenciados.

- Tal meus irmão.. - Ele cumprimentava enquanto depositava sobre a mesa os sacos de couro que havia trazido do quarto. Os homens respondiam e mantinham-se atentos as novas ordens que seguiriam. Draco olhava para cada um deles. - Prometi a vcs ouro, prosperidades e honra.. alguns de vocês está desprovido dessas coisas. Alguns de vocês tiveram a honra ferida por me seguirem. O preço pago pela vida de vocês não é o bastante para lavar a honra que foi molestada.- Os olhos verdes desviavam entre os guerreiros que o ouviam atentamente- Minha promessa ainda está de pé... ouro.. prosperidade e honra.. e o nosso destino começará aqui... Não posso dar a vocês neste exato momento.. nem mesmo posso esperar que me sigam em meus caminhos, portanto. Desobrigo aqui a todos vocês da promessa e pacto de sangue que fora feito. E dou a minha palavra de que breve retornarei com o pagamento pelos serviços de vocês... mas para os que desejarem continuar a jornada..... eu prometo que não irei descansar até que as cabeças daquelas malditas panteras estiverem penduradas na proa do meu barco.. Não promesso prometer o agora.. só o amanhã e é de glórias, ou não me chamo Draco de Gladsheim..

Honir esticava o braço tocando o ombro de draco

- Estou contigo irmão.. E os que do meu bando quiserem deixar de lutar por mim. Por Odin peço as bençãos dos deuses a vocês. e que Os deuses cuidem dos seus caminhos. Mas os que se afimam goreanos e guerreiros não deixaram de erguer o machado ao seu grito de guerra.

Draco mantinha-se parado ouvindo as palavras de Honir. Locke então pronuciava-se e falava a relação do que deveria ser pago. Draco entendia. A conta da taberna era paga assim como o trabalho do ferreiro e o barco pesqueiro. O valor restante era entregue a Locke para que providenciasse os Thalarions e o vagão. o homens de Honir erguiam-se batendo em seus escudos saudando a Draco como lider. O grito de guerra nortenho era escutado e os homens brindavam ao novo caminho. Tobyr Honir e os outros seguiam ao barco de Draco no cais, as caixas de pontas de flecha, lança e espadas eram vendidas na feira. Mais algumas moedas retornavam ao fundo do grupo. Em algumas horas o vagão ja estava parado diante da taberna para ser carregado com os itens deles, provisões e com as escravas. Haviam 2 thalarions para puxar a carroça e mais 3 disponiveis para Draco, Locke e Honir. Tobyr e mais 2 homens seguiriam guiando o vagão, os demais iriam a pé. Pouco a pouco a cidade de Laura era deixada para tras pelas trilhas que levavam para a estrada de terra. O barulho do porto, os comercios, as vozes das pessoas e o cheiro de maresia e peixe eram deixados no passado.

Elas arrumavam tudo ali, Kalandra conferia tudo, não queria cometer a falha de deixar algo para traz, Cibelle fazia tudo mecanicamente, ainda tinha na mente a seda de kalandra, as palavras duras do mestre na noite passada e magoa no peito. Logo alguns dos homens de seu amo, chegavam a porta do quarto e ajudavam as meninas a descerem as caixas e os baus com os pertences pessoais de Draco. Mais um olhar era lançado ao pequeno quarto antes de sair. Kalandra fechava a porta atras de si e seguia os homens com as caixas escadas abaixo. Cibelle vinha atras, carregando a trouxa com seus poucos pertences pessoais e entre eles não havia uma seda vermelha com adornos em ouro e pedras que brilhavam. Os homens guardavam as provisões nos carros, os pertences de Draco tambem eram postos ali, com a supervisão de Kalandra. Cibelle se afastava dos thalarions, os animais estavam agitados com o movimento. Os homens tomavam seus lugares no vagão, Draco , Honir e Locke montavam os thalarions. O resto , armas e escudos empunhados iriam a pe, as meninas estavam entre eles. As bonds da taverna se despediam das meninas e mandavam acenos e beijos para Tobyr que ele retribuia efusivamente. Se colocavam no caminho, o ranger das rodas pesadas de madeira se misturavam ao bater das patas dos thalarions no chão. Os passos pesados dos homens e seu amo iam a frente, seguidos por seus homens liderando a caravana. O sol queimava no meio do ceu de Gor avisando que o dia seria quente. Passavam pelas ruas de pedras e madeiras, percorriam os caminhos sinuosos por entre as tendas e atravessavam as pontes de madeira que ligavam os niveis da cidade. O Laurius se mostrava imponente, trazendo seu cheiro umido como um ultimo adeus para os viajantes. Kalandra voltava o rosto para uma ultima visão do porto de Laura.

Draco revistava tudo antes de começar a viagem. As rodas de madeira do vagão rangiam diante do peso das caixas postas sobre ele. O Thalarion de Draco seguia até o fim da caravana. Avistava Kalandra e Cibelle andando. As meninas não teriam o mesmo preparo que eles, acabariam atrasando a viagem. A voz do First se fazia escutar:

- Tobyr.. espere! Kalandra, siga para carroça com a menina.. - Dava a ordem e voltava a guiar o thalarion para frente. Saia imponente de laura tendo a caravana a seguir as margens do Laurius. Os olhos seguiam atentos pelo caminho. O Sol alto e forte indicava o dia quente que se faria. os homens seguiam em silencio a não ser pela figura de Tobyr que cantava suas canções do norte de modo desafinado. seguia o balançar das madeiras da ponte que atravessavam quando ganhavam a trilha. Foram horas de caminhadas até que pudessem enfim parar em uma das clareiras..o sol ja se despedia do ceu, dando lugar às tres luas de gor. Draco sinalizavam que deviam parar.

- Vamos acampar por aqui.. não é seguro seguir nessas estradas a noite.. continuamos a viagem pela manhã.

Tobyr parava o vagão. Tobyr.. Locke, Draco e Honir desmontavam. Os animais eram levados pelos homens até a beira do laurius para beberem agua. Alguns homens aproveitavam-se para lavar-se e sentar para esperar a comida. Havia provisão para que preparassem algo. Tobyr seguia para dentro da mata, acompanhado de mais dois. Apos algum tempo retornava trazendo vulos e coelhos selvagens para que as meninas pudessem limpar e preparar. A fogueira era feita e as tendas montadas. Ao redor do pequeno acampamento, somente o barulho da natureza. O vento que começava a devolver o frio das terras do norte.

- Podemos usar as redes que temos e deixar no rio, First.. - era a voz de Tobyr. Conhecia bem matas e caçava como ninguem. Draco concordava movendo a cabeça, e ia com ele colocar as redes na corredeira do rio. - Pela manhã vamos ter alguns peixes para o almoço de amanhã... assim economizamos um pouco mais do que temos.. -Draco batia no ombro do amigo e voltava para junto dos outros. Sentava-se à beira da fogueira enquanto esperavam ser servidos pelas bonds. O Mead era aquecido e distribuido entre eles. Os homens bebiam e faziam gracejos. Draco olhava as meninas. As chamas da fogueira creptando dando uma luz diferente à pele morena de Kalandra.

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