segunda-feira, 18 de julho de 2011

Edipo e Jocasta...



Eu já passei por muitas coisas, muitas provações já me foram impostas pelos deuses. Tive que fazer escolhas, escolhas que me lasceraram o coração. Mas jamais pude imaginar que um dia a vida me aprontaria uma dessas. Desde que partimos do Tahari meu coração tornou-se pesado. Tomado por um vazio que parecia me engolir. Amo meu marido e amo meus filhos. São tesouros que tenho e faria qualquer coisa por eles, mataria e morreria sem sequer ter um traço de arrependimento. Draco tem sido atencioso comigo como sempre o foi. Ele sabe da minha dor, do quão apegada eu sou a Ivar. Eu sei que apesar do jeito duro e rude, o coração de Draco também sofre pelo que fez ao filho. Thassia tem sido um consolo, uma alegria a preencher o grande salão , que por tanto tempo ficou vazio sem a risada alegre de meus filhos. Mas faltava Ivar. E nada seria completo sem ele. A estadia de Draco na fortaleza nunca foi tão extensa. Ele evitou ao maximo se afastar. Talvez para não me deixar só, ou talvez por temer que Ivar, tão parecido com ele, viesse buscar o que tinham tirado dele. Piras foram acesas  pelos homens que morreram naquele deserto , que lutaram e deram suas vidas por um filho que não precisava ser salvo. Ou talvez precisasse e apenas Draco não conseguiu ver isso, ou se viu, tentou fazer a única coisa que em sua mente parecia fazer sentido para ajudar o garoto. Deixar que a solidão e o sofrimento o amadurecessem. Sou mãe e minha forma de ver é outra. Talvez não seja a mais sabia, mas é a única que conheço. Os homens precionaram, as provisões tinham sido exauridas com a campanha ate o deserto. Eles precisavam do mar, do aço de seus machados, do sangue e das riquezas dos inimigos para trazer o sustento para suas famílias. Draco prometeu que não demoraria tanto tempo como costumava ficar fora quando viajava e partiu com os Drakkares. Eu fiquei só novamente, como sempre ficava esses anos todo de viagem do meu companheiro. Meses, tendo apenas as paredes do long e o fogo como consolo. Quando os meninos eram crianças, eu me ocupava com eles e com todo o trabalho que dão os filhos. Depois eles cresceram, foram tirados de mim e mandados para fora para estudar e a companhia das escravas foi o que restou para mim. Claro , vivo numa fortaleza, onde há homens e mulheres. Valkiria é  uma  amiga de muitos anos , mas não é o mesmo que ter seu marido ou filhos com você. Depois da partida dos homens eu fiz o que sempre fazia. Peguei as oferenda e subi ao circulo. Ali diante daquelas pedras antigas com símbolos sagrados incrustados nelas, eu orei aos deuses pelo meu menino, pelo coração do pai abrandado e pela segurança de todos. Foi chuva que recebi em meu rosto. A resposta dos deuses que para o meu  povo significa renascimento, esperança.... vida. Tive a certeza que moviam a roda do destino. Tive esperança. Os dias transcorreram  normais na fortaleza, minhas horas eras  passadas em  meu pequeno jardim. Era ali que eu tirava os pensamentos doloridos da minha mente e abrandava meu coração. Foi ali que ela se apresentou a mim. A principio estranhei, a voz desafinada e o tamanho colossal. Usava um véu para cobrir o rosto e se apresentou como  lady Agatha, prima de Tobyr , um dos homens de meu marido. Eu vi aquilo como um enorme problema. Não tinha sido avisada da chegada dela e Valkiria havia ido visitar a mãe. Não poderia deixa-la em um dos quartos de taverna e então fiz o que mais me pareceu ser lógico. Ofereci hospedagem em minha casa. Pedi que as escravas lhe preparassem um quarto nas alcovas do salão, um banho e também comida. Dei a ela o meu próprio quarto para que se refrescasse da viagem, assim evitaria o constrangimento que ela parecia sentir em usar a casa de banhos. Ela dispensou ajuda das escravas e me chamou ao quarto na hora do banho. Não preciso dizer o quanto me aborreci com aquilo. Eu sendo requisitada como baba de uma lady daquelas. Subi imaginando que a escrava a tivesse ofendido de alguma maneira e tive a melhor surpresa de minha vida. Como uma piada de lock, o deus da trapaça, não poderia ter sido de outro jeito. Foi Ivar , meu amado filho que se mostrou debaixo daqueles véus, dizendo que sentia minha falta e enlouqueceria se não me visse. Era como se eu tivesse ascendido aos céus. Ele tinha me perdoado e se deslocara por milhares de passangs para me ver. Fui tomada por uma felicidade sem igual, mas ao mesmo tempo o medo pela segurança dele ali. O disfarce seria mantido, uma escrava nova seria colocada a disposição da tal lady, alguns cuidados ele deveria ter, mas a idéia parecia boa. Uma semana, uma semana maravilhosa na companhia de meu filho amado.  O que mais poderia pedir aos céus? Eu mesma me ofereci para cuidar do banho dele. Para dar o mimos e cuidados que, lógico, as escravas não poderiam dar pois havia o risco do disfarce descoberto. O despi. Já vi muitos homens nus, e já servi há tantos outros. Isso é o tipo de coisa que não me causa constrangimento, ainda  mai sendo o meu filho, que desde que era pequeno eu já cuidava dele. Mas meu filho não era mais um menino, tinha se tornado homem feito. Belo, corpo forte e largo, um membro grande no auge de sua virilidade, os cabelos negros a lhe escorrer nos ombros e a barba por fazer,  os olhos azuis como o céu infinito e um sorriso que poderia derreter ate mesmo o coração mais gelado.  Lindo. Foi o pensamento que me ocorreu , cheia de orgulho ao ver ali o meu rebento. O banhei enquanto ele me contava de seus sonhos, de suas vitorias, lutas e planos. Do contrato que queria constituir com Ahleena  , filha de Sir Gaius de Ar e estabelecer uma forte aliança militar, que iria ser o dono do tahari e me cobriria de riquesas.  Cada palavra dele era musica em meu ouvido. Sempre tive orgulho dele e sempre soube que ele seria grande.  As palavras de Ivar são doces como mel para um coração desejoso de ouvi-las. Ele me puxou , insistindo que eu me banhasse com ele. Não vi maldade. Sempre tivemos essa ligação mais forte, sempre nossos carinhos foram soltos e naturais, sempre com uma cumplicidade um com outro.  Era meu filho e ele estava ali e cada momento junto dele era como ouro para mim.  Talvez em parte a culpa seja minha. Eu sempre cedi as vontades dele. É impossível para mim negar-lhe algo.  Quando criança, foi o ultimo a desmamar. Mesmo com os protestos de Draco eu lhe dava o seio as escondidas.  Foi assim ate os seis anos. Era na minha saia que ele se escondia quando suas molecagens eram descobertas. Era a mim que ele chamava quando os sonhos ruins vinham a noite e só  o meu seio o acalmava e o fazia dormir novamente. Ele já tinha me reclamado da insônia, de que por vezes quase tinha caído do tarn, que não conseguia dormir direito, que sentia falta de estar no meu seio. Aquilo me deixou preocupada por vezes quando ele voltava da academia para as visitas . Imaginava meu filho caindo do tarn, sendo ferido em batalha, morto por não estar com a atenção como devia pelas noites mal dormidas.  Como mãe faria qualquer coisa  para ajudar meu  filho e fiz. Mesmo adulto eu lhe dei de mamar. Pelos deuses eu não me arrependo, era meu filho e precisava de mim. Ali naquela banheira , enquanto ele me contava de sua vida ,me disse que ainda tinha o problema da insônia. E como negar algo aqueles olhos azuis puros que me fitavam pedintes,  querendo voltar a ser o menino em meu colo? Eu deixei que ele tomasse meus seios. Terna eu o puxei para mim enquanto sua boca explorava meus mamilos que enrigeciam em seus lábios. Não sei explicar como aconteceu, ainda me torturo, perguntando onde os carinhos de filho deram lugar as caricias de homem. Eu vi meu fogo escravo ser desperto em seus braços. Meu sexo latejar ao sentir o contato daquela boca em meu seio, de sentir o roçar da minha fenda em seu membro avantajado. Eu tentei evitar sentir aquilo, me peguei tomada de pânico, pedi que ele fosse devagar, que não fizesse aquilo, tentei me desvincular dos braços dele. Mas era tarde demais. Meu filho era um homem e sentia tudo o que um homem sente com uma mulher.  Vi os braços dele me envolverem e a boca buscar a minha ávida, descer meu pescoço, voltar aos seios e subir ao meu ouvido enquanto as mão me tomavam em caricias . Pelos deuses que eu tentei ...disse não.. que ele não devia me tocar daquela maneira. Ainda posso ouvir  as palavras dele em meu ouvido, a respiração quente, a mão a procurar minha fenda num invadir.: “- Porque mãe? Porque? Se sou seu filho e seu amor.. e é minha mãe  e meu amor?.. e eu não devia ser de outra mulher senão  vc em primeiro.. era vc quem devia me ensinar a conhecer meu corpo e o corpo de uma mulher...O que tem de errado se nem os deuses recriminam.. Freyja e Freyr eram irmãos e compartilhavam do corpo um do outro..,”. Cada gemido meu , cada protesto era silenciado com beijos, com os dedos dele que me penetravam. “ -  Pq não devo tocar a mulher que mais amo neste mundo e dar a ela o prazer de meu amor.. se os deuses compartilham.. se o meu corpo e meu coração  pedem.. É  a unica mulher que os deuses nao fariam objeção  sob o seu toque sobre mim.. pq é  minha mãe.. e sou seu por direito..” Eu me entreguei. Me entreguei ao amor do meu filho, aos desejos que o corpo dele despertou em mim, me entreguei as suplicas de seus beijos, as apelos de suas mãos em caricias, a vontade de seu membro, a lasciva do meu corpo. Fui sua mulher e ele foi o meu homem, numa união que me fez explodir em gozos nos braços dele.  Nem mesmo o pensamento e o amor em meu companheiro foram suficientes para abrandar o furor do meu corpo pedindo pelo meu filho. A noite, quando todos dormiam ele voltou ao meu quarto e me amou muitas vezes ate que o la’torvis ameaçasse brilhar. E foi assim na outra noite, e na outra e na outra, foi assim todas as noites desde que ele chegou. Me tomando em seus braços, me possuindo como meu dono, me mergulhando em prazeres, obscenos, lascivos, incestuosos e carregados do mais puro amor. Agora ,  olhando o corpo do meu filho nu sobre a cama de meu quarto, belamente iluminado pela luz do fogo da lareira, eu me pergunto. “ O que vai ser de nós?”
Lady Kalandra de Tsiq-Jula – Jarl's Woman

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