sábado, 26 de dezembro de 2015

Negociações de Paz


As areias do Tahari já haviam corrido arrastando as mãos e o deixado sem noticias de Guerra por tempo demais. Com a descoberta da Gravidez de Ahleena o Pasha Elijah de Saphyr havia decretado a paz entre as tribos vassalas ao seu redor. Não queria perder homens no caso de algum ataque de seus inimigos que pudesse por em risco a vida de seu primogênito, pq ele tinha certeza, seria um varão. Um varão de sangue nortenho com a furia de Odin impressa em seus olhos. Não enviou nenhum mensageiro para o norte pois queria ele mesmo transmitir a sua mãe a noticia. Esperava noticias de seus espiões instruidos a lhe avisar quando Draco partisse para suas demandas no norte.



Mas as noticias que chegavam eram não apenas da derrota para Rive de Bois, como o pergaminho escrito pelo próprio punho  de sua mãe, avisando que estavam de viagem para o Tahari, e pedindo que ele providenciasse uma comitiva para leva-la ao Kasbah. Oras, os Djins e os deuses pareciam ter dado as mãos para lhe agradar. Avisou animado a Ahleena sobre a chegada da mãe, e mandou que os escravos cuidassem da ala destinada a Kalandra. O jardim dos Deuses. Nenhuma outra pessoa, alem do proprio Ivar e escravos destinados a limpeza entravam naquela ala do Kasbah. 



O Jardim dos Deuses era composto por uma piscina de águas mornas, cobertas diariamente com petalas e óleos aromáticos, almofadas em seda colorida permeavam todo o recinto, plantas dando o tom de verde, quebrando os tons de terra das paredes, um jardim interno com ervas e flores como flaminium, que se incubiam de perfumar todo o lugar. âmphoras da Ka-la-na mais cara, alem de frutas da estação como datas, as preferidas dela não poderiam faltar. Vestidos dos mais finos cortes, dignos da maior das Ubaras, joias, pedras preciosas, adornos de cabeça e corpo, alem da mais bela vista do topo das areiaspara todo o Kasbah, e alem, permitindo a beleza do por do thassa sobre o Oasis.



Ecolheu a dedo as escravas que iriam servi-la, alheio a todas as reclamações de Ahleena de que ele estava fazendo por Kalandra o que nunca havia feito por ela. Não utilizou nem mesmo as escravas da casa. Foram selecionadas com Lurius Conrad, meninas treinadas para o servir do Sul, norte e planícies. Belas, elegantes, assim como os Kajirii que iriam estar a disposição da Jarlwoman. Jovens bonitos, treinados na arte de servir, da musica, dança e interpretação, todos foram devidamente colarizados com o nome de Kalandra em seu colar. Todos foram vestidos com tunicas brancas e cintas douradas, e instruidos para receber sua mais nova senhora. Em seguida, tiveram suas linguas arrancadas, e os kajirii foram todos castrados, para garantir a privacidade da Jarlwoman naquela ala. Dois guardas de sua maxima confiança tambem eram mantidos na entrada da ala, durante todo o tempo, sob troca de turnos. Suas escravas tambem foram trancafiadas em seu jardim dos prazeres. Não queria Ahleera de frente para sua mãe. Sabia da rinha de sua mãe com a antiga pantera, e desagradar Kalandra nao estava em seus planos.



Os dias de espera por Kalandra corriam rápidos, até a noticia de que as embarcações Nortenhas chegavam ao porto de Tor. As ordens para que Hakin fosse até a vila em Tor pertencente a Draco de Gladsheim foram dadas e a comitivia seguiu para fazer a segurança da Jarlwoman em seu trajeto até o Kasbah. Como era de se esperar, Draco não permitiu que Kalandra partisse naquele mesmo dia, e reteve a mulher em sua casa por mais tres dias. Tres dias em que os homens de Ivar permaneceram acampados diante da casa do High Jarl do Norte escutando os tratos dados por ele à esposa, refletidos em gemidos, risos, urros e anuncios de gozo. 



Quando enfim foi permitido a mulher seguir viagem, para irritação de Hakin a orgulhosa mulher do norte negava-se a usar o veu, como de costume nas terras do Tahari. Seu companheiro parecia divertir-se com a petulância da livre nortenha e reforçava que ela nao usaria veu algum para proteger-se, e que se o problema fosse a nao garantia de segurana, o pequeno exercito nortenho, comandado por Bors que ela levava cuidaria disso de olhos fechados e machados nas mãos.



Hakin seguiu com a Caravana, com sangue nos olhos e amaldiçoando cada nortenho, que ia e que ficava. Três dias de viagem de Tor até o Kasbah de Ivar pela rota conhecida apenas pelos Taharians, para entregar a bela mulher sã e salva ao Pasha. Ivar mal continha-se em ter a mãe perto. A saudade dos anos que não a via, aliada a beleza que ela exalava e que mexia com todos os seus poros. Visitaram Ahleena para informar da chegada de sua mãe, e depois apresentar-lhe o Jardim que seria sua residência pelo tempo que estivesse ali, embora ele esperasse que esse tempo pudesse se extender para o resto da vida dela. Os presentes foram entregues e uma vez dentro daquela ala, com as enormes portas trabalhadas em madeira fossem fechadas atras de si, as escravas cuidarvam de tudo que Kalandra precisasse, antes de sairem do quarto a pedido dela, para que ela pudesse cuidar do que Ivar e a saudade de seu corpo precisavam. E mais uma vez ele a tomou pra si, entre as almofadas coloridas do Jardim dos Deuses, por toda a  noite.


A manhã seguinte fora tomada pela inesperada visita de kamal. O homem fazia a proposta a Kalandra diante de Ivar, sem imaginar a ligação familiar que havia entre eles, e que a lady a qual ele unir em contrato com seu protegido era na verdade sua irmã gêmea. O convite para que Kamal fosse até Tor com seu protegido paa que discutissem sobre o assunto com o High Jarl fora feito, embora o interesse de Kalandra pela união estivesse selada. O garoto era jovem, orfão, de uma casta mais alta da que Thassia pretendia entrar, estudava em Ar, tinha renome, e alguem de posses disposto a pagar o preço da noiva. Que melhor partido ela poderia arrumar? Thassia ja havia passado da idade de ter um contrato. Ja deveria ter tido seus filhos. O restante dos dias foram dedicados a Ivar, sua fome por seu corpo, passeios com o filho pelosjardins, ou mesmo em seu Tarn sobrevoando a planicie a noite e a cuidar da gravidez de Ahleena. Ao fim dos três dias, aconversa definitiva com Ivar, para prepará-lo para o encontro dom o pai fora feita. O pedido da ajuda com Tarns para o Cerco contra Rive de Bois, e principalmente, o pedido para que ouvisse Draco sem rebater, de coração aberto e humildade em seu olhar, em nome do amor pela mãe ele acatou e no prazo exato dado por Draco de Gladsheim a sua mulher, a caravana de Eliijah de Saphyr chegava a Tor, trazendo não apenas a Jarlwoman em segurança, como o Pasha Eliijah e sua esposa Gravida, Ahleena de Ar, para que o Tarsk Negro soubesse que em breve, seria avô.

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